Analisa-se neste livro as formas passadas e presentes de relação sociedade-espaço no Brasil, vista esta relação à luz do que na década de 1970 chamou-se materialismo histórico e geográfico, um modo de resolver-se no âmbito do materialismo histórico a subalternação do espaço diante do tempo na teoria social e incorporar-se o espaço à teoria do conhecimento e das ações de transformação do mundo que todo conhecimento pleiteia. E assim que acompanha-se a forma como a sociedade brasileira modela seus arranjos geográficos em diferentes momentos e retroativamente se sobredetermina e se regula em suas tensões e conflitos estruturais no tempo por meio deles. Esse enfoque dando subsídios para o enfrentamento analítico que se espera de uma análise crítica de geografia à diversidade das questões – das econômicas às culturais, ambientais e políticas – do presente , para as quais se voltam homens e mulheres no Brasil neste momento conturbado de começo de século.