Sobre Sylvio do Amaral e a sua obra Falsidade Documental, assim se referiu o grande jurista José Frederico Marques, em 1958: ''O autor desse novo livro sobre figuras delituosas de nosso Código Penal é elemento de grande destaque no Ministério Público paulista.... sua carreira no parquet de São Paulo foi rápida e fulgurante, graças à acentuada vocação pelas funções que abraçou.... O certo é que ninguém pode dispensar o livro que estamos analisando, sempre que tenha de solucionar alguma questão jurídica ligada à falsidade documental''. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, Sylvio do Amaral obteve mestrado no grau Master of Law in Comparative Law pela New York University. Galgou com competência e brilho todas as posições da magistratura - promotor de Justiça, procurador de Justiça, Juiz do Tribunal de Alçada de São Paulo, vice-presidente e presidente do 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo. Foi, também, Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, 4º e 1º vice-presidente e corregedor-geral da Justiça, e notabilizou-se pela grande cultura intelectual, obstinada capacidade de trabalho e de inovação. A obra Falsidade Documental'', ora reeditada, valeu-lhe a conquista do disputado prêmio ''Costa e Silva de Direito Penal'', em 1958. A comissão julgadora, integrada por Basileu Garcia, José Frederico Marques e Odilon da Costa Manso proclamou, no parecer: ''É um excelente trabalho... Bem planejado, bem ordenado, bem escrito e verdadeiramente original, na maneira pela qual são discutidas as múltiplas questões que o tema escolhido oferece. Constitui uma contribuição de grande utilidade para o estudo dos problemas que a aplicação da lei penal proporciona no intrincado setor dos crimes contra a fé pública. As soluções propostas são sempre criteriosas e discorrem quase sempre de argumentação bem deduzida e invariavelmente convincente''.