Superegos apresenta em sua estrutura linear o perfil psicológico de quatro jovens enredados em uma história de amor, preconceito e interesses escusos. A obra procura possuir um recurso que permita ao leitor interagir com o narrador em cada recorte (pensamentos e reflexões), cuja intencionalidade é revelar não somente o perfil psicológico das personagens, mas o universo de possibilidades que se insinuam ao homem, visando ao seu desenvolvimento enquanto ser holístico, independente, cósmico. Assim, nesse jogo de vida marcado pela ambivalência, imprecisão, indecisão cada participante utiliza dos próprios recursos para atingir o seu objetivo. Marcela possuía uma imaginação natural, sem flores-do-céu, sem elogios, sem desajustes ou confidências. O para-raios estava no outono. Ela era franca com a mesmice e cínica com a rosa-rubra. Ou o amor era o que ela havia decidido ou não era. Por meio dos conflitos que se constroem e descontroem no texto, a narrativa procura desvelar o caminho sinuoso entre o amor e o pseudoamor, entre a verdade e a mentira, entre a expressão infrene do Ego que se contrapõe à manifestação plena do Self.