Em um estudo histórico-literário cuidadoso e aprofundado, Enylton de Sá Rego comprova como tal busca de uma panacéia anticalundútica foi uma das preocupações constantes da sátira menipéia, de Demócrito de Abdera a Machado de Assis, passando por Erasmo, Robert Burton e Laurence Sterne. Sem falsos nacionalismos nem subserviente respeito por grandes críticos literários, O Calundu e a Panacéia é uma inovadora leitura tanto de Machado de Assis, quanto da sátira menipéia, mostrando como o grande autor brasileiro do século XIX é atual ainda hoje, nos tempos do chamado "pós-modernismo".