Fernando Lemos faz parte da geração pioneira e da era dos sonhos do desenho industrial brasileiro. Ele é lembrado como artista plástico no Brasil, país onde vive há décadas, e cultuado como fotógrafo em Portugal, sua terra natal, mas quase ignorado como designer gráfico que foi ao longo de mais de trinta anos. Seu trabalho, que acompanhei de perto como colaborador e admirador, no IDART da Prefeitura do Município de São Paulo lá pelos anos 70, merece ser visto e revisto, assim como o programa de identidade para o Memorial da América Latina, onde Fernando afirma que "é um plano de implantação da imagem visual e sucedâneos práticos, alinhado ao traçado arquitetônico de Oscar Niemeyer. Puro modernismo e puro respeito ao trabalho dos outros artistas envolvidos no processo. Isto é desenho, desenho industrial, design.