Diante da atual realidade excessivamente aterrorizante que estamos vivendo, sentimos uma forte necessidade de fuga para uma literatura de ficção, uma necessidade maior de imergir na realidade fantástica e buscar no nosso mais profundo interior os anseios de reencontros impossíveis, de almas puras e inocentes como a do menino João Victor Bragança que conduz e equilibra com pureza e inocência toda uma família destroçada, destruída pela dor, tendo como o seu único amparo o velho avô, Jean Carlos Bragança, que embora atingido pelas cruéis circunstâncias, mantem-se firme ao seu lado acompanhando seu desenvolvimento, sua educação e sua fértil imaginação que no final acabou atingindo a todos como uma realidade na qual nenhum deles jamais acreditou e que se concretiza com a força total dos fatos. Jean Carlos Bragança que mesmo sentindo-se mortalmente atingido, com o peso de uma dor, às vezes, intolerável, com sentimentos distorcidos pelo sofrimento, jamais deixou de conduzir a todos apresentando soluções e os forçando a irem adiante apesar das árduas desavenças. Uma longa jornada com todos seguindo juntos, porém separadamente isolados em sua dor e solidão. Uma história de amor e superação onde os vilões, como a culpa, o medo, a revolta, agem silecionsamente, ocasionando danos implácaveis dentro de cada um e, por fim, a superação transcendendo os desencontros e atingindo um ideal elevado.