O Pantanal que aqui nos é mostrado, até agora, nunca nos foi apresentado. E como poderia ser de forma diferente? Pois, para mostrá-lo, não basta o estudo aprofundado ou a investigação ín loco, tampouco o conhecimento filosófico ou o perfeito domínio da escrita. Para trazer o Pantanal à nossa presença, é preciso falar sobre ele como quem fala da sua vida ao amigo, à árvore, ao pássaro que um dia ouviu cantar. Dentro desse Pantanal está a Nhecolândia e ali está a Natureza, que revela a Vontade Natural, que é a força criadora de tudo. Eis o que havia de ser dito. Eis as experiências de José de Barros Netto, num momento em que ele não podia deixar de falar sobre elas nem deixar de, por escrito, mandar para nós toda a natureza pantaneira; o cerrado, as áreas alagadiças, os animais em extinção, as vazantes, o gado, as queimadas, os vaqueiros, os roceiros... problemas e felicidades.