Quase todos aceitam que, para criarmos bem as crianças necessitamos de firmeza e amor. O problema é que esta mistura se desfaz quando a criança tem problemas de comportamento. Nessas situações, os pais tendem a ser ou amorosos ou rigorosos, ou, às vezes, oscilam entre os dois pólos. E o mesmo fazem os profissionais: alguns são campeões em empatia e aceitação e outros em regras e limites. Alguns entendem que firmeza e amor são necessários, mas, como fazer que ambos trabalhem juntos? A síntese entre firmeza e amor é vital para crianças com problemas de conduta. Mas essas crianças exigem tanta firmeza, que os pais têm dificuldades em expressar amor; e precisam de tanto amor, que a firmeza se dilui. Nessas situações o amor frequentemente toma a forma de compensação, o que enfraquece a firmeza anterior; ou a firmeza assume a forma de rejeição, anulando a mensagem de carinho. Neste livro proponho uma forma de criar a síntese de firmeza e amor, através do conceito de presença parental. Penso, assim, apresentar um caminho legítimo para o resgate da autoridade parental. O livro aborda os diversos aspectos da presença parental. O capítulo I (Definição da presença parental) apresenta e ilustra o conceito. O capítulo II (Presença parental à luz de outros enfoques) analisa o conceito da presença parental à luz das abordagens comportamental, sistêmica e humanística. O capítulo III (Presença Ativa) descreve como os pais podem recuperar a capacidade de agir. O capítulo IV ((Presença Sistêmica) lida com a influencia de outras pessoas (o outro cônjuge, pessoas da escola, familiares e amigos dos filhos) sobre a presença parental. O capítulo V (Presença pessoal) descreve a perda e o resgate, pelos pais, de sua voz pessoal e única.