Par Dal era um passarinho comum, com mais da metade da vida já vivida, com as asas já desbotadas, o voo mais lento e a voz nem tão potente. Certo dia ouviu, sem querer, dona Berta conversando ao telefone com dona Isaltina. Era uma conversa triste demais: as duas amigas, já cansadas de uma vida com mais de 80 anos, estavam marcando um compromisso terrível e definitivo. Elas queriam se encontrar com a dona Morte. Mais do que da morte, esta obra trata com muita delicadeza de um tema comum àqueles que vivem perto de avós, perto da velhice: trata sobre a perda da vontade de viver. E de seu reencontro, na delicadeza do canto de um pássaro cansado. É um livro sobre a renovação da alegria de viver. Apesar de tudo.Era um passarinho comum, com mais da metade da vida já vivida. Nem nome tinha, mas achava que se chamava Par Dal. E estava bom assim. Foi ele quem ouviu, quase sem querer, dona Berta conversando ao telefone com dona Isaltina. Sabe, era uma conversa triste demais, mas eu preciso contá-la a você: as duas amigas, já cansadas de uma vida com mais de 80 anos, estavam marcando um compromisso terrível e definitivo. Elas queriam se encontrar com a dona Morte.Era um passarinho comum, com mais da metade da vida já vivida. Nem nome tinha, mas achava que se chamava Par Dal. E estava bom assim. Foi ele quem ouviu, quase sem querer, dona Berta conversando ao telefone com dona Isaltina. Sabe, era uma conversa triste demais, mas eu preciso contá-la a você: as duas amigas, já cansadas de uma vida com mais de 80 anos, estavam marcando um compromisso terrível e definitivo. Elas queriam se encontrar com a dona Morte.