Hillela era uma menina de múltiplas facetas. Impedida pelo pai de ter qualquer contato com a mãe, que o havia abandonado por outro homem, acaba sendo criada na casa de um embaixador onde aprende a manipular as regras do protocolo internacional. Jovem independente entre exilados políticos numa praia da África Central, Hillela casa-se com um revolucionário negro e torna-se, com o tempo, uma líder da África emergente citada nas retrospectivas de seu país. Ao contrário do que possa aparentar, envolve-se mais e mais num futuro indefinido na África do Sul, onde prevalece a maioria negra. Essa é a história de “Uma mulher sem igual”, a obra-prima de Nadine Gordimer. Como sempre faz, Nadine retrata a África do Sul do final do século XX, seu tema preferido. Mostra a conseqüência do racismo sobre a vida de homens e mulheres e a distorção que o sistema produz nas relações entre negros e brancos.