Carros enferrujados, casas decadentes próximas a estacionamentos, quartos à beira de estrada, bares de iluminação escassa - locais habitados por pessoas em rota de fuga de si mesmas -, são alguns dos elementos que perpassam as histórias reunidas na coletânea Hotéis, primeiro livro do boliviano Max Barrientos a ganhar tradução no país. Juntamente com o equatoriano Pablo Palacios, autor de Um homem morto a pontapés, o jovem escritor boliviano une-se à criteriosa seleção de autores hispano-americanos reunidos na coleção Otra Língua, organizada por Joca Terron. No livro, Tero, Abigail e Andrea são os personagens principais de uma aventura a bordo de um Chrysler Imperial negro. Juntos, eles rodam paisagens impessoais de cidades que não chegam a se caracterizar, marcadas por quartos de hotel, bares e cafés. Uma história que vai se formando aos pedaços, cada capítulo contado sob o ponto de vista de um dos personagens. As paisagens que encontram se misturam com cenas de seus passados e, aos poucos, vão dando sentido à narrativa. Para onde vão? De que fogem? Apesar do movimento, o peso de tudo o que viveram segue atormentando cada um deles. Tero e Abigail são ex-atores pornôs que se conheceram em cena. Um dia, ela resolve buscar a filha na casa da mãe, deixar um bilhete como justificativa e seguir apressada em uma fuga sem destino. Ela se aventura com a filha a cruzar estradas na companhia de um homem, na esperança de se casar de novo, de ter outro filho, de construir uma nova vida. Tero se lembra da esposa, de sua infidelidade, da insatisfação de uma vida a dois, do dia em que saiu para dar uma volta e resolveu não retornar mais. Mas não consegue deixar de formar cenas do passado em sua mente, enquanto parece cada vez mais deprimido ao lado de Abigail. A menina é a personificação do sonho. Andrea usa a imaginação infantil para transformar uma paisagem inóspita, imagina que voa e que se transforma nos mais diferentes personagens. Para narrar a história, Barrientos cria um documentarista, personagem que investiga o próprio passado tentando dar forma à trajetória dos outros.Carros enferrujados, casas decadentes próximas a estacionamentos, quartos à beira de estrada, bares de iluminação escassa - locais habitados por pessoas em rota de fuga de si mesmas -, são alguns dos elementos que perpassam as histórias reunidas na coletânea "Hotéis", primeiro livro do boliviano Max Barrientos a ganhar tradução no país. No livro, Tero, Abigail e Andrea são os personagens principais de uma aventura a bordo de um Chrysler Imperial negro. Juntos, eles rodam paisagens impessoais de cidades que não chegam a se caracterizar, marcadas por quartos de hotel, bares e cafés. Uma história que vai se formando aos pedaços, cada capítulo contado sob o ponto de vista de um dos personagens. Para narrar a história, Barrientos cria um documentarista, personagem que investiga o próprio passado tentando dar forma à trajetória dos outros. Carros enferrujados, casas decadentes próximas a estacionamentos, quartos à beira de estrada, bares de iluminação escassa - locais habitados por pessoas em rota de fuga de si mesmas -, são alguns dos elementos que perpassam as histórias reunidas na coletânea "Hotéis", primeiro livro do boliviano Max Barrientos a ganhar tradução no país. No livro, Tero, Abigail e Andrea são os personagens principais de uma aventura a bordo de um Chrysler Imperial negro. Juntos, eles rodam paisagens impessoais de cidades que não chegam a se caracterizar, marcadas por quartos de hotel, bares e cafés. Uma história que vai se formando aos pedaços, cada capítulo contado sob o ponto de vista de um dos personagens. Para narrar a história, Barrientos cria um documentarista, personagem que investiga o próprio passado tentando dar forma à trajetória dos outros.