Será que uma história que acontece na UTI de um hospital, em meio a fios e aparelhos, tendo a morte à espreita, pode ser, de alguma forma, alegre? Um livro cujo protagonista é um doente terminal, em coma induzido, pode ter um final feliz? Podem os pensamentos de um velho, aprisionado à sua última cama, cativar os jovens leitores a ponto de despertar neles uma alegria boa? Não a alegria palhafatosa que leva às gargalhadas, mas sim a alegria que nasce na tristeza, naquela tristeza que rearruma a alma toda, como um belo jarro de vidro polido que a vida nunca tivesse trincado?