O texto de Assis Coelho cativa pela linguagem, interessa pelo assunto, reflete pela intensidade. As descrições perpetradas com a autoridade de uma testemunha ocular registram um cenário que expõe a condição humana, revelam dores que atravessam o tempo e o espaço. "Eram dores tão parecidas, eram dores tão semelhantes sob peles de cores diversas." Desse modo, Assis consegue representar o todo pela parte por meio de um Lima feito do barro brasileiro, matéria universal. Refletem mazelas não só do Rio do início do século XX, mas também as que assolam o Brasil de hoje ou, talvez, o Brasil de sempre. (Juscelino Sant’Ana, professor e Mestre em Linguística Aplicada.)