A partir de um olhar sociológico sobre a escola enquanto organização educativa, o autor analisa o processo de construção e indução política de um agrupamento de escolas e a implementação do modelo de administração e gestão induzido do Decreto-lei n.º 15-A/98, procurando reconstruir alguns impasses, indefinições e dilemas da participação (e não participação). Convocando um quadro teórico à luz dos modelos burocrático, político e da ambiguidade, procura dar um contributo para a compreensão das várias racionalidades de acção presentes nas estruturas de "direcção" e "gestão" e, ainda, dar conta das lógicas inerentes à elaboração do Projecto Educativo e do Regulamento Interno. Através das percepções dos professores relativamente à autonomia anunciada, discute-se o papel da administração central e dos actores locais na (re)confïguração da "nova" matriz organizacional.