De que forma as noções de "raça", de "grupo étnico", de "correcção genética" são utilizadas, sob a capa da legitimidade científica, para fins políticos? Esta obra relata a história das concepções biológicas da sociedade e das suas aplicações racistas e eugenistas desde finais do século XIX até aos nossos dias. André Pichot analisa as relações entre ciência, política e ideologia e baseia-se em exemplos concretos: o nazismo, mas também os programas de investigação eugenistas, lançados ou subsidiados por eminentes organizações científicas desde princípios do século XX. E hoje, que a genética molecular domina a biologia, adverte-nos contra outros avatares do sonho de uma sociedade "pura".