Primeiro romance de uma das principais vozes da poesia brasileira contemporânea, “O ausente” traz uma narrativa que retrata os embates dos personagens entre as exigências do destino e a ânsia da liberdade. A vida rural é o cenário vivo e atemporal onde se desenrola a trama, cenário reconstruído também pela linguagem poética e potente do narrador.Como nos diz Carolina Anglada em seu texto de orelha: “Inocêncio, Inoc, Esse de Agora, antigo peregrino e morador da região do Ausente, é o narrador que às vezes ocupa aposição de espectador, variando as perspectivas para espreitar de diferentes ângulos os modos como nos tornamos aquilo que (nosso nome sustenta que) somos. Em uma espécie de contínuo tempo presente, a convocar memória e imaginação, o narrador questiona, ainda, o que advém de seu ofício de curandeiro na palavra ena escuta; se a agudeza do verbo é mesmo uma faca de dois gumes, na qual bendito e maldizer têm seus efeitos embaralhados. O que lhe ensina Dejanira, a professora, a respeito da vocação da língua, tem a ver, portanto, com essa tensão entre os extremos da experiência, a ser vivenciada no imponderável dos atos de nomeação ou no emprego de palavras de sentido indecidível.” Primeiro romance de uma das principais vozes da poesia brasileira contemporânea, “O ausente” traz uma narrativa que retrata os embates dos personagens entre as exigências do destino e a ânsia da liberdade. A vida rural é o cenário vivo e atemporal onde se desenrola a trama, cenário reconstruído também pela linguagem poética e potente do narrador.Como nos diz Carolina Anglada em seu texto de orelha: “Inocêncio, Inoc, Esse de Agora, antigo peregrino e morador da região do Ausente, é o narrador que às vezes ocupa aposição de espectador, variando as perspectivas para espreitar de diferentes ângulos os modos como nos tornamos aquilo que (nosso nome sustenta que) somos. Em uma espécie de contínuo tempo presente, a convocar memória e imaginação, o narrador questiona, ainda, o que advém de seu ofício de curandeiro na palavra ena escuta; se a agudeza do verbo é mesmo uma faca de dois gumes, na qual bendito e maldizer têm seus efeitos embaralhados. O que lhe ensina Dejanira, a professora, a respeito da vocação da língua, tem a ver, portanto, com essa tensão entre os extremos da experiência, a ser vivenciada no imponderável dos atos de nomeação ou no emprego de palavras de sentido indecidível.”