"Só o inverossímil é realmente verossímil, só o inacreditável é realmente acreditado" - diz, a certa altura, Kornél Esti, o protagonista deste livro. E é armado com essa lógica dos contrários, uma inteligęncia afiadíssima e uma simpatia transbordante pelos tipos humanos mais desajeitados que o escritor húngaro Dezsö Kosztolányi (1885-1936) monta e desmonta as suas histórias, assim como um mágico faz as coisas desaparecerem bem diante do nosso nariz para reaparecerem, num piscar de olhos, atrás das orelhas. Com um humor raro, ao mesmo tempo corrosivo e repleto de compaixăo, os treze contos de O tradutor cleptomaníaco e outras histórias de Kornél Esti pertencem ao ciclo de relatos sobre esse personagem, composto por Kosztolányi em seus últimos anos de vida. Nestas páginas, o leitor é conduzido como que por encanto pela Budapeste dos anos 1920, e outras cidades europeias, onde a vida fervilha nas ruas e nos cafés, nos quartinhos de escritores e em requintados salőes de conferęncia em que se desenrola um sem-número de episódios absurdos, um mais surpreendente que o outro. Tido como um mestre da prosa moderna, Kosztolányi abriu caminho para a renovaçăo da literatura europeia, influenciando autores como Frigyes Karinthy, Attila József, Sándor Márai ou Péter Esterházy - que considera seu estilo "multicolorido e inefável, como um arco-íris"."Só o inverossímil é realmente verossímil, só o inacreditável é realmente acreditado" - diz, a certa altura, Kornél Esti, o protagonista deste livro. E é armado com essa lógica dos contrários, uma inteligęncia afiadíssima e uma simpatia transbordante pelos tipos humanos mais desajeitados que o escritor húngaro Dezsö Kosztolányi (1885-1936) monta e desmonta as suas histórias, assim como um mágico faz as coisas desaparecerem bem diante do nosso nariz para reaparecerem, num piscar de olhos, atrás das orelhas. Com um humor raro, ao mesmo tempo corrosivo e repleto de compaixăo, os treze contos de O tradutor cleptomaníaco e outras histórias de Kornél Esti pertencem ao ciclo de relatos sobre esse personagem, composto por Kosztolányi em seus últimos anos de vida. Nestas páginas, o leitor é conduzido como que por encanto pela Budapeste dos anos 1920, e outras cidades europeias, onde a vida fervilha nas ruas e nos cafés, nos quartinhos de escritores e em requintados salőes de conferęncia em que se desenrola um sem-número de episódios absurdos, um mais surpreendente que o outro. Tido como um mestre da prosa moderna, Kosztolányi abriu caminho para a renovaçăo da literatura europeia, influenciando autores como Frigyes Karinthy, Attila József, Sándor Márai ou Péter Esterházy - que considera seu estilo "multicolorido e inefável, como um arco-íris".O tradutor cleptomaniaco reune treze historias de Dezso Kosztolanyi (1885-1936), um mestre do conto e atualmente um dos nomes mais cultuados da literatura hungara. Publicadas nos anos 1930, as narrativas aqui selecionadas tem em comum o personagem Kornel Esti - boemio frequentador dos cafes de Budapeste e alter ego do escritor - e uma forma leve, desconcertante e ironica de abordar as grandes questoes da vida moderna.