Data de 1954 o prólogo de Lydia Cabrera para a primeira edição deste livro, com que ela iniciou seus estudos sobre a religiosidade afro-cubana. Ele é resultado de rigorosa pesquisa de campo, durante a qual a autora registrou depoimentos de sacerdotes, sacerdotisas e fiéis, que a informaram sobre o panteão das divindades, seus mitos e lendas, a hierarquia sacerdotal, os rituais de iniciação e, sobretudo, o emprego das ervas no campo da religiosidade e da profilaxia. Este segmento do livro ocupa boa parte da publicação e é da maior importância para o entendimento de um dos temas primordiais no que concerne às religiões afro-americanas. Um dos aspectos mais interessantes de A Mata é o paralelismo que estabelece com as religiões afro-brasileiras, bem como a apresentação das recriações, adaptações e reinterpretações pelas quais passou, em Cuba, a religião dos orixás, vodus e inquices.