Como se pode comprovar de sua vasta produção bibliográfica, o tema do direito fraterno é, sem dúvida, um dos eixos investigativos de Paulo Ferreira da Cunha. Em síntese, portanto, o conjunto de textos do presente livro traduzem um posicionamento bastante claro em relação ao Direito: é preciso alargar seu horizonte. Nesse sentido, Ferreira da Cunha apresenta-se como um artesão dessa percepção, aquela na qual o Direito se movimenta em direção à Justiça. De fato, a fraternidade é a filha rejeitada da Revolução Francesa. Enquanto igualdade e liberdade compõem o senso imaginário comum de Justiça - ao menos, em países ocidentais -, a fraternidade ainda é um elemento cujo sentido necessita ser (re)construído