Nesta obra riquíssima de inúmeras referências e diversos registos culturais, ligando a imaginação apaixonada, controlada empiricamente, do cientista à imaginação e à emoção do poeta e do filósofo, António Manuel Baptista, animado pelo ideal humanista da harmonia entre os homens e destes com a natureza e pelo desígnio de tornar a humanidade mais humana, convida o leitor a acompanhá-lo numa breve história da passagem da filosofia natural para a filosofia experimental -- ou seja, a ciência --, encorajando-o a reflectir sobre ciência e senso comum, a distinguir ciência e filosofia, a tomar conhecimento, porventura com alguma surpresa, das razões por que o autor não considera a matemática uma ciência, a considerar as relações entre ciência e poesia, a discutir os problemas fundamentais da universidade, particularmente da nossa, neste nosso tempo, e, finalmente, num «Apêndice para desportistas», a divertir-se com um pequeno ensaio sobre ficção científica. Uma leitura apixonante com o «sal» e o interesse de algumas ideias heterodoxas. Físico, investigador premiado, professor universitário, autor de programas de divulgação científica na rádio e na televisão, publicou na Gradiva a obra A Primeira Idade da Ciência (colecção «Ciência Aberta», 1996).