O âmbito da bioética é tão abrangente quanto Potter desconfiava em 1971 [trad. br.: Bioética: ponte para o futuro, Loyola, 2016] e maior do que a maioria das pessoas havia imaginado. Quer se concorde ou não com a visão particular que ele nos oferece, será preciso reconhecer que os problemas levantados por Potter são inescapáveis. Ao conceber a bioética como biologia combinada a uma diversidade de conhecimentos humanísticos, formando uma ciência que define um sistema de prioridades médicas e ambientais para uma sobrevivência aceitável, Potter dá uma contribuição rica e importante para o tipo de discussões e investigações que precisamos empreender. Além do neologismo “bioética”, contribui novamente de uma maneira que alcança muito além da particularidade de suas afirmações e propõe um desafio filosófico e moral geral que todos nós teremos de confrontar.