Apesar de não ser nova a preocupação com o tema Recrutamento e Formação de Magistrados no Brasil, pela primeira vez se reúnem numa obra escritos que examinam a questão no contexto histórico, crítico e orientador, com variados enfoques atinentes à seleção, à conscientização política, à ética, à formação e ao aperfeiçoamento do juiz brasileiro, numa perspectiva de melhorar a prestação jurisdicional, com exposição sobre a elogiável experiência da Escola Mineira da Magistratura. A obra aprecia aspectos éticos, sociológicos, de metodologia de formação, de críticas à exigência de três anos de atividade jurídica do candidato à magistratura, enfim, trabalhos da lavra de juristas e sociólogos que se interessam há muito pela temática, pondo-nos a perceber que investir na formação é um tarefa segura a uma magistratura de melhor nível técnico, ético e humano, e, acima de tudo, num país melhor, desde que a mentalidade dos executores de um projeto tão moderno, adequado ao momento histórico, e ambicioso esteja aberta a mudanças de concepções, acreditando no sucesso do empreendimento, rompendo com os tradicionais métodos seletivos. Para além de nomes nacionalmente conhecidos como especialistas no tema - como ACCÁCIO CAMBI, ANDREA PALADINO, AUGUSTO FRANCISCO MOTA FERRAZ DE ARRUDA, GELSON AZEVEDO, JOSÉ RENATO NALINI, PAULO VINICIUS ACCIOLY CALDERARI, RENATO PERISSINOTO, RICARDO ARNALDO MALHEIROS FIUZA, SUZANA CAMARGO GOMES, TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER e VLADIMIR PASSOS DE FREITAS - os coordenadores, com autorização do autor, prestam homenagem ao Professor MONIZ DE ARAGÃO, reproduzindo seu clássico trabalho "FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE JUÍZES", de há mais de quarenta anos, de molde a mostrar ao leitor que o texto do nosso ilustre processualista permanece atual, bem assim que sugestões e iniciativas para se aperfeiçoar o sistema de recrutamento e de formação existem de há longo tempo, mas a vontade política não as tem compreendido bem.