Um dos historiadores mais reconhecidos dos séculos XX, Tony Judt faleceu em 2010, vítima de uma doença degenerativa. Enquanto sua condição de saúde se deteriorava, o inglês escreveu, em noites de insônia, as memórias de sua vida. O resultado é o livro de ensaios O chalé da memória, em que Judt evoca experiências e recordações do passado, sem abrir mão da vocação para a polêmica que o consagrou. Produzidos originalmente sem o intuito de publicação, os textos refletem uma escrita sem censura, que chama a atenção pela franqueza do autor. As experiências pessoais do inglês são relatadas com afeição. No entanto, as reflexões políticas que acompanham suas memórias trazem análises contundentes sobre a sociedade e a vida de seus contemporâneos. Todas são organizadas de forma simples, como um chalé na Suíça - um refúgio reconfortante de sua infância, situado nas montanhas da memória de Judt.