A autora faz um estudo comparativo da expansão do cultivo de produtos geneticamente modificados nos dois países, que se tornaram grandes produtores de soja e se inseriram na economia global. O estudo mostra os caminhos e questiona por que os governos de esquerda tomaram rumo contrário ao esperado pelos ambientalistas e movimentos camponeses e de agricultura familiar (a partir de 2003, no Brasil, e em 2012, na Argentina) e cederam à pressão do agronegócio. Foram ouvidos ativistas de movimentos sociais envolvidos nas lutas contra as sementes transgênicas, cientistas, ambientalistas, organizações de defesa do consumidor e jornalistas. A partir desta base, a pesquisadora utilizou referenciais teóricos das ciências sociais e outros, numa perspectiva interdisciplinar. O prefácio de Marcelo Firpo Porto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, situa bem o trabalho.