Tentar pensar no diverso que nos habita e habita o mundo é recusar o destino que tem sido oferecido a todos nós, especialistas psi - destino que nos tem colocado em determinados guetos, como portadores de saberes prontos e arrumados, com verdades disponíveis e inquestionáveis, com metodologias que nos preservam e nos garantem o distanciamento das misturas, das impurezas e, portanto, das incertezas. Enfim, os artigos aqui presentes, com suas diferenças, apontam para a afirmação de uma prática transdisciplinar que nega os guetos, as verdades absolutas e universais. Prática que entende os saberes não como conhecimentos prontos e acabados, mas em contínuo processo de criação em que a hierarquização dá lugar à produção de redes, ao reconhecimento das diversas e diferentes forças que nos atravessam, que nos constituem.