Publicado em 1890, O Cortiço é um romance de cunho social considerado o marco da literatura realista-naturalista brasileira. Escrita por Aluísio de Azevedo (1857-1913), a obra traz a formação e o cotidiano de um cortiço carioca durante o Segundo Império, com as vidas de cada personagem se entrelaçando e repercutindo umas nas outras. O livro conta, entre uma série histórias, a de João Romão, o avarento dono do cortiço que vive com a ex-escrava, Bertoleza. Como palco para mais uma porção de histórias secundárias como a de Jerônimo e de Rita Baiana, de Pombinha e de Leocádia o próprio cortiço parece tornar-se um organismo vivo, a ponto de adquirir vida própria como mais um personagem do romance.