"A loucura de Deus é mais sábia que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens" (1Cor 1,25). Rejeitado pela família, de modo que "nem mesmo os seus irmãos acreditavam nele" (Jo 7,5), e abandonado por grande parte dos seus seguidores "muitos dos seus discípulos se afastaram e não andavam mais com ele", (Jo 6,66), para as autoridades judaicas Jesus é apenas um louco, um obcecado (Jo 8,48). Somente um louco, um samaritano endemoninhado, podia, com efeito, denunciar os chefes religiosos como filhos do diabo e assassinos (Jo 8,48), e desejar o fim da instituição religiosa que se acreditava fosse desejada pelo próprio Deus.