Impossível a um homem como eu, que traz indelevelmente gravadas, no fundo da alma, as reminiscências da infância, num município do interior brasileiro e nas suas adjacências, não chorar, na leitura deste livro de Humberto Gomes de Barros, "Nossa Senhora do Brasil". Provocadas por ele, as lágrimas não constrangem porque manifestam as emoções que a antena sensibilíssima de cada um capta, diante de quem, mais do que se recordar de uma parte da sua vida, a reviveu, na beleza das lembranças mais doces, nas tintas mais acesas de um quadro, pintado com letras. Caiam, então, incontidas, as lágrimas, extravagantes das emoções do leitor: "corram livres as lágrimas que choro/estas lágrimas, sim, que não desonram" (I-Juca-Pirama, IX)." Excerto do prefácio de Sergio Bermudes