Diante do desafio de controlar a população do Rio de Janeiro quando aqui chegaram, os membros da comitiva realportuguesa trouxeram de Lisboa a Intendência Geral da Polícia, que serviu de base para a formação das instituições policiais cariocas. Este livro mostra que a evolução histórica dessa instituição foi parte do processo de transição do controle exercido pelas hierarquias privadas para o moderno exercício do poder através das instituições públicas. Valendo-se de rico acervo documental, focaliza os pontos de atrito entre a repressão e a resistência do povo e, num contexto conceitual em que se destacam as idéias de Foucault, Weber e Gramsci, ultrapassa o âmbito da história institucional para investigar a evolução das condições sociais do Rio de Janeiro e o exercício do poder por suas elites.