Entre 1921 e 1957, o fotógrafo austríaco Mario Baldi atuou no Brasil e produziu um notável conjunto de imagens. Os olhares, enquadramentos, vínculos institucionais e processos criativos de Baldi, que lutava para construir sua carreira fotojornalística e que acabou se envolvendo com agentes históricos tão distintos quanto os descendentes da Família Imperial do Brasil e os povos indígenas brasileiros, são alguns dos temas trabalhados pelo historiador Marcos de Brum Lopes neste livro, fruto de mais de uma década e meia de pesquisas, no Brasil e na Áustria. Entre fotografias e narrativas, essa é uma história sobre como um mediador cultural o sujeito-fotógrafo se aproxima de seus temas, mas também sobre como seus temas os sujeitos-fotografados se apresentam ao fotógrafo e aos que olham as imagens.