O teatro moderno, em suas feições mais inovadoras, resgatou o gênero melodramático da marginalidade artística que o gosto bem-pensante e, na sua esteira, o academismo literário-teatral o condenaram no século XIX e parte do século XX, como atentatório ao drama bem regrado. Falar do teatro do absurdo, teatro-dança, teatro de diretor, teatro performático, os termos das novas linguagens cênicas da contemporaneidade teatral, é falar de outras tantas versões ou recriações às vezes diretas do melodrama. Daí o inestimável valor da análise histórica e estética que Jean-Marie Thomasseau procede nesse abrangente estudo ora lançado pela editora Perspectiva em sua coleção Debates, na cuidadosa tradução de Claudia Braga e Jacqueline Penjon.