Este trabalho aborda a influência do consumismo e sua agressão, através dos veículos publicitários, da cultura do consumo e coisificação das relações interpessoais características do mundo globalizado, à liberdade de exercício do instituto jurídico do Poder Familiar, que prima pelas relações paterno-filiais no contexto da afetividade e convivência familiar sadia. Uma temática desafiadora, mas de importância social e jurídica inconteste, sendo possível não apenas traçar o panorama da sociedade atual, mas inserir neste contexto o problema da violação dos direitos fundamentais da infância e juventude amparados na doutrina da proteção integral das crianças e adolescentes, exaltada no âmbito internacional, pela Constituição Federal de 1988 e normas infraconstitucionais. A necessidade de se imprimir propostas sócio-jurídicas e educacionais para melhor efetividade dos direitos fundamentais inerentes às relações familiares entre pais e filhos mostrou-se imperiosa na atualidade, não apenas por requerer um disciplinamento legal mais específico acerca do controle da publicidade infanto-juvenil no país, mas também com a participação da sociedade civil, família e implementação de políticas educacionais mais adequadas e voltadas para a proteção e bem-estar da infância e Juventude, preservando às gerações futuras.