É óbvio que Darwin ainda não podia saber tudo; mesmo assim já passaram mais de cem anos desde que, com a mutação e a selecção, ele descobriu dois mecanismos fundamentais da evolução. Tendo como pano de fundo os resultados de pesquisas actuais, Josef H. Reichholf, colocou novas questões: como puderam surgir novas linhagens? As mutações ocorrem por cego acaso? Como devemos conceber o jogo recíproco entre organismo e meio-ambiente, e o muito decantado equilíbrio da natureza? De maneira nenhuma, pois assim não teria existido qualquer evolução! Deste modo é que Reichholf atinge o essencial da sua nova visão da evolução: a do desequilíbrio entre excesso e carência, as quais produziram respectivamente novas formas e derivações de espécies com estratégias próprias para um aproveitamento harmonioso cada vez mais sofisticado. O autor não intervém para refutar a Teoria da Evolução darwinista, pelo contrário ele integra-a num cenário abrangente, no qual o organismo comprova ser um parceiro dos genes, como pioneiro do progresso evolucionário. "Uma obra-prima teórica de um dos melhores estilistas entre os naturalistas alemães." Frankfurter Allgemeine Zeitung JOSEF H. REICHHOLF é cientista da colecção zoológica estatal em Munique e lecciona Biologia Evolutiva, Geografia Animal e Ecologia. É membro de várias associações científicas internacionais; entre outras, é membro directivo do World Wide Fund for Nature da Alemanha (WWF). Autor de numerosas publicações, entre as quais O Enigma da Evolução do Homem, publicado pelo Instituto Piaget.