A estréia como poeta do então cineasta foi temporã, o que permitiu a Paulo Leminski, no prefácio em versos a O caderno erótico de Sylvio Back (1986), observar que esta "não era provável/mas era possível". No novo livro, o poeta desmonstra influências que combinam as formas sintéticas e minimalistas muito típicas daquele prefaciador; e ainda apreço pelas diretrizes da poesia práxis e, em casos mais raros, do concretismo. Ora fesceninos, ora alusivos, ora puramente pornográficos, os poemas de Sylvio Back dizem respeito ao encontro entre homem e mulher: alternam, em versão explícita, as cantigas d'amor e as cantigas d'amigo, nas quais os galanteios modulam gritos e sussurros quando na forma de diálogos (..)