Educação e sindicalismo revolucionário estão indefectivelmente ligados em um mesmo projeto – aquele de uma classe operária culta porque emancipada, emancipada porque culta. Trata-se, em todas as circunstâncias, de proporcionar ao operário o acesso à Ciência de sua infelicidade para que ele se apodere dela, inverta-a e faça dela o instrumento da transformação social e de sua felicidade. Essa afirmação permanente de educar para emancipar aparece como um fio rubro-negro norteador desde o início da atividade do sindicalismo de ação direta. Tanto em uma abordagem histórica, quanto por meio das obras de Albert Thierry e Marcel Martinet, ou por meio das realizações concretas dos militantes da C.N.T. espanhola nos anos 30, parece-me hoje possível afirmar que, para essa corrente do sindicalismo, não pode haver sindicalismo sem educação, assim como não pode haver educação sem sindicalismo.