Três sagas emocionantes sobre judeidade e negritude, encenadas por indivíduos periféricos às suas respectivas sociedades. Ao longo do século XIX, em diferentes partes do mundo, abriu-se um limitado, mas inédito espaço de ascensão social para quem vivia às margens da sociedade, como negros e judeus. Neste livro singular e emocionante, o historiador Leo Spitzer estuda as experiências das famílias Rebouças, May e Zweig a primeira, afro-brasileira no Brasil escravista; a segunda, africana na Serra Leoa ocupada pelos ingleses; a terceira, judaica em uma região da Europa marcada pelo antijudaísmo. Baseado em vasta documentação e corajoso em sua abordagem encarnada da história, o autor apresenta o que chama de jornada de assimilação e, também, a noção de mobilidade ao estrato social hegemônico a burguesia. No percurso, consegue o feito raro de abarcar constrições estruturais sem perder de vista a singularidade de cada trajetória. Leitura obrigatória entre os interessados nas [...]