O nome sugestivo desse trabalho nos remete diretamente a diáspora, pois mostra que os africanos que aqui aportaram não são os "africanos em geral", mas pertencentes a diferentes etnias. Para o Estado de São Paulo, após 1850 com o final do tráfico negreiro, chegaram africanos e seus descendentes das mais diferentes etnias, uma vez que esta região necessitava como nenhuma outra da mão-de-obra escrava, isso ocorreu devido ao ciclo cafeeiro que se iniciava em detrimento dos demais ciclos que existiram no Brasil. A maioria dos escravos que se tem notícia que aportou na região sudeste era banta. Ao ler o livro Candomblé: Agora é Angola, o leitor se deparará com a lavagem da escadaria da Catedral Metropolitana. É o candomblé na Bahia, é o candomblé em Campinas. É a dinâmica cultural posta a prova. Pode-se mesmo dizer que nesta localidade há mais manifestações culturais angola do que queto. Mas isso não poderia ser diferente, pois contrariaria a própria história, isto é, a importância banta seja cultural, seja material na construção de Campinas.