Suplantada pelo Reino Unido, derrotada pela Rússia, desde 1870 a França cultivou, tanto no interior como no exterior, sua imagem cultural, alimentada pelas Luzes e pelas idéias da Revolução. De Georges Clemenceau a Charles de Gaulle ou François Miterrand, de Arthur Gobineau ou Paul Claudel a Roger Caillois ou Blaise Cendrars, os homens de Estado e de letras franceses constataram o esplendor político e cultural francês sobre a América Latina. de fato, durante o século XIX e uma parte do século XX, a referência à França surge muito frequentemente na América Latina, com sua carga de empréstimos, de reproduções, de adaptações. A França, definida como país de cultura por excelência, considerada mãe espiritual dos novos Estados latino-americanos, é onipresente nos discursos e no conjunto da esfera política que ela própria ajuda a estruturar.