Num libelo contra a violência, o jornalista e professor universitário Albert Corde se envolve na prisão de um casal de marginais negros, acusados de terem assassinado um jovem branco. Não param aí seus problemas. Numa viagem a Romênia, Albert experimenta o avesso do sistema socialista. Sua conclusão é pessimista: no mundo atual há cada vez menos lugar para o sentimento. Dezembro fatal tem o efeito de um soco no estômago na sensibilidade do leitor. Mas um soco amenizado pela mais refinada das luvas - uma prosa fluente e irresistível e a capacidade de desfiar imagens, tão característica de Saul Bellow. O resultado surpreende e faz abrir os olhos. Para não aceitar passivamente a estagnação dos sentidos, Corde resiste. Bellow cria.