Os textos que compõem esta coletânea discutem a complexidade religiosa e antropológica do candomblé Kétu no Brasil sob formas, estilos e pontos de vista diferentes de acordo com a experiência e interesse de cada autor. O objetivo é mostrar que a vitalidade das tradições está em manter-se ligado às suas origens mas com o olho no futuro, garantindo sua continuidade, avaliando como a religião responde aos processos de transformação na vida moderna. O trabalho promete renovar os laços religiosos e culturais entre África e Brasil, dado que a colonização do continente africano eliminou de sua elite a crença religiosa tradicional, mas a escravidão preservou essa mesma crença milenária no Novo Mundo. O que hoje se entende por Candomblé Kétu ou Nagô no Brasil não tem a mesma nomeação na África, porque os diferentes orixás não podem ser encontrados cultuados num mesmo local como acontece aqui.