A sociedade contemporânea é marcada pela diversidade social, o que contribui, juntamente com o adensamento populacional das cidades, para o tônus conflituoso. No espaço do trânsito urbano, as disputas ganham contornos ainda mais vibrantes e os espaços e momentos de diálogo amistoso se tornam cada vez mais raros. Investir nos momentos de diálogo e pensar o jornalismo como um espaço potencialmente propenso ao desenvolvimento desse tipo de situação é meta expressa na perspectiva da dialogia jornalística. Ao observar a rede acionada pelo jornalista, mediador dialógico, no seu fazer cotidiano, percebe-se a ocorrência da solidariedade orgânica, estudada por Émile Durkheim. Tal fenômeno é ampliado pela narrativa jornalística dialógica porque, além de envolver as fontes e os personagens acionados pelo mediador, passa a ser compartilhado pelo público, fruidor da informação. A ampliação desse processo social, fomentada pelo jornalista, é denominada de diálogo social solidário, e é aqui observada no cotidiano da equipe de repórteres da rádio SulAmérica Trânsito.