Após a excelente acolhida crítica de seu livro anterior Ar de arestas, finalista do Prêmio Jabuti e semifinalista do Prêmio Portugal Telecom, Iacyr ressurge com uma obra completamente distinta. Neste contundente Estação das clínicas a teia líric a envolve e mobiliza o leitor, levando-o a dialogar com personagens tomados pelo sentimento de perda, em seus diversos níveis de referência. Em primeiro plano, como o próprio título indica, a perda da saúde. Algumas vezes medicada, pelo poeta do também premiado Viavária, com doses homeopáticas de ironia e humor. Iacyr Anderson Freitas é hoje, sem dúvida alguma, o maior nome de sua geração e um dos maiores poetas vivos da língua portuguesa. E este belíssimo Estação das clínicas vem corroborar a opinião daqueles que como eu acreditam na poesia alicerçada no cotidiano do ser humano comum convertida em metáfora da Humanidade pela empatia.