O desafio pretendido neste livro é desessencializar a questão da pobreza e dos pobres como maquinação capaz de imputar sofrimento, piedade e resignação. A partir da possibilidade da emergência de um novo sujeito ético-político, privilegia-se o campodas artes, onde são destacados da literatura e do cinema personagens a serem analisados: o vagabundo Carlitos, de Charles Chaplin, a mulata Gabriela de Jorge Amado e a nordestina Macabea da obra de Clarisse Lispector. Os personagens revelam a potência dos pobres, configurando formas de resistência e criação que circulam e expandem como novos modos de sentir, pensar e experimentar o mundo, numa perspectiva afirmativa e criadora. Trata-se de um título de interesse para a área de humanidades, com destaque para o serviço social, as ciências sociais e a filosofia.