O mito Sagan começou com o escândalo da publicação, nos anos 60, de Bom dia, tristeza. A partir daí não faltaram elementos para reforça-lo: sua paixão por carros, por jogos, suas amizades. Em “Minhas melhores lembranças,” pela primeira vez Françoise Sagan contou a sua vida. Sendo, ao contrário do que se poderia supor, tímida e reservada, foi falando do que gosta, e não analisando seus estados de alma, que ela se abandonou totalmente. E o resultado é um encadeamento de pequenas narrativas simples e vivas nas quais sobressaem uma intensa generosidade e uma não menos fervorosa admiração por personalidades como Rudolf Nureiev, Tennessee Williams, Billy Holiday, Sartre ou Orson Welles