Este livro está escrito há mais de vinte anos. Dificilmente um escritor relê seus trabalhos. Hoje, assustei-me com a coragem que tive em colocar no papel a realidade carcerária dialogando na ligeira maneira de se comunicarem. Quem entra preso numa cadeia logo passa a conviver com seus líderes, códigos e estatutos da marginalidade. Sabem as leis que os protegem e se apoiam nas mesmas! O sistema carcerário é de difícil solução. Ali é um fim, não um começo para recuperação, pois quem entra com artigo leve logo passa a ler a mesma cartilha das mais perigosas, a não ser que houvesse separação pelo grau de periculosidade das presas. Nesse diálogo não coloco os delitos e as penas que praticaram somente o modo como se comunicam entre si.