Uma das obras mais polêmicas de Friedrich Nietzsche, "O Anticristo" é uma crítica ácida aos dogmas da religião católica. Valendo-se de argumentos teológicos e filosóficos, o autor compara o catolicismo a outras religiões para diagnosticar o que chama de ‘enfermidade cristã’, que ele define como um processo de falsificação da vida em toda a cultura ocidental. Seu questionamento recai principalmente à maneira como a fé cristã se choca com a natureza do ser humano, pregando a culpa e restringindo tudo o que é natural. Para Nietzsche, a sobrevalorização do que é fraco provoca uma distorção que precisa ser revertida, para que novos valores passem a balizar a humanidade especialmente a revalorização do forte como forma de promover a evolução da espécie humana. Neste volume, o leitor também encontra o ensaio "Acerca da Verdade e da Mentira", no qual o autor discute as origens do conhecimento e seu fundamento ilusório. Verdade, mentira, realidade, representação são todos conceitos questionáveis, uma vez que o homem tem sempre uma visão parcial do todo.