Como viver e fazer ciência em uma época marcada por uma dinâmica acelerada, por uma mistura de culturas nunca antes vista e por meios de comunicação trazendo informações e diálogos em quantidades jamais imaginadas? Para compreender esse novo mundo, a mudança de paradigmas torna-se extremamente urgente. É nesse sentido que a obra de Gilbert Durand, privilegiando o nível simbólico de compreensão, vai fornecer meios de se construir uma nova hermenêutica, adequada à realidade atual, respeitosa da diversidade cultural e do homem total com suas emoções e contradições, e atenta à sua liberdade de criação. O filósofo francês parte do princípio de que a relação natureza/cultura é estabelecida por meio do imaginário, expressando-se de maneira privilegiada nas artes, nas filosofias, nas religiões, mas também nas atividades do cotidiano, como educação, medicina, psicologia, culinária, mídia e política. Neste livro, numa linguagem viva e perspicaz, Danielle Pitta capta instantâneos do pensamento do autor e relaciona-os ao viver diário, mostrando diferenças e semelhanças entre o tempo e as imagens e como se formam as estruturas mística, sintética e heróica do imaginário, além de suas funções. Também aproveita para fazer um "passeio" pelas idéias de vários mestres de Durand: Gaston Bachelard, Mircea Eliade, Henry Corbin e Edgar Morin, expondo de forma suscinta noções que tanto influenciaram seu pensamento.