O desenhista Milo Manara e roteirista Silverio Pisu reinventam o clássico da literatura chinesa Jornada ao Oeste, da autoria do monge Wu Cheng’en, transformando-o, ao mesmo tempo, numa escaldante epopeia e numa mordaz crítica política à Itália da década de 1970, carregada de temas filosóficos e existencialistas. Publicada originalmente na revista Alter Linus, entre janeiro de 1976 e fevereiro de 1977, O Rei Macaco foi uma das primeiras obras de fôlego desenhada por Manara. Com ela, o cultuado artista italiano, mestre do erotismo, descobriu as infinitas possibilidades culturais e narrativas que existem nos quadrinhos, e teve a oportunidade de amadurecer seu próprio traço e estilo. Nascido do ventre de uma pedra germinada pelos cinco elementos, Sun Wukong, o Rei Macaco, vive uma série de desventuras em sua ânsia de adquirir poderes máximos e de se tornar imortal.