O modo como as relações de gênero se dão no interior da Igreja é também alicerçado no fato de que o Filho de Deus encarnou-se como ser humano do sexo masculino. Dessa compreensão derivam questões como, por exemplo, as mulheres não poderem ser admitidas ao sacerdócio ministerial. No entanto, os Santos Padres, ao refletirem sobre a encarnação de Jesus, utilizavam um termo (enanthropésanta) que realçava não tanto o fato de Jesus ter-se encarnado como pessoa do sexo masculino, mas sim como ser humano. Tal reflexão visa encontrar novas perspectivas para as relações de gênero e para o exercício do poder na Igreja.