É uma honra acompanhar a chegada de cada um dos envelopes às mãos de Eliz, e a manifestação do seu desejo de abri-los, a curiosidade de adentrar os mistérios das palavras que eles trazem escritas, sem remorso. O primeiro envelope, aberto na fatídica noite de natal, desperta na mulher independente que Eliz ainda era, a ânsia de amenizar a sua angústia, desfrutando do prazer carnal que há muito tempo ela não sentia. E depois mais um, entregue a pedido de Adriano, o belo garoto de programa escolhido aleatoriamente num anúncio de jornal velho, e que mais tarde passa a dividi-la com Jorge, um homem maduro, frio, e tão enigmático quanto à paternidade do filho que Eliz espera, segundo as palavras miúdas trazidas no terceiro envelope. Outros dois envelopes ainda compõe a emocionante trajetória dessa mulher, trazendo à tona verdades profundas, que lhe dizem muito, dizem tanto... Quiçá, quase tudo.